Foi dada a largada para as eleições de 2012. Os partidos políticos começam as negociações: colocam pesquisas nas ruas, selam alianças, promovem o “fogo amigo”, negociam cargos. É a dinâmica que antecede o pleito eleitoral. A liturgia das disputas.
Em Lauro Muller, a dinâmica é a mesma, despontam os candidatos e os partidos buscam fortalecê-los e ganhar espaço. Circulam na imprensa a preferência popular pelos seguintes cidadãos: Hélio Bun (PMDB), Nestor Spricigo (PMDB), Soraya Curcio( PSD), Fabrício Alves (PSD), Valdir Fontanela (PP), Jaison Nascimento (PP), Alcimar De Brida (PSDB) e Valmor Maccari (PDT). Façamos um sobrevôo, livre de ideologias partidárias, sobre cada postulante e sua força política, de modo que possamos alçar uma leitura panorâmica do cenário que se molda.
Soraya e Fabrício, ambos do PSD, representam o governador do Estado, Raimundo Colombo. São os candidatos do governador. Contam com a estrutura e o apoio logístico do Estado e do partido. Mas mancam em lideranças populares e militância. O PSD ainda é um “primo desconhecido” em todo o estado. Sua militância estadual, assim com em Lauro Muller, são militantes de escritório, gabinetes, não estão nas bases comunitárias de onde emergem os votos. O partido tem dificuldades de se identificar com as massas. Fruto de sua origem: um partido oligárquico.
Valdir e Jaison, nomes do Partido Progressista (PP), representam o segundo maior partido de Santa Catarina, e também, o segundo maior partido de Lauro Muller. Contam com uma militância expressiva e tradicional, porém, um tanto quanto desmotivada e desacreditada devido às sucessivas derrotas que o partido vem sofrendo nas urnas em nível estadual e municipal. Apesar do encolhimento político o partido conta com notáveis empreendedores e administradores em sua fileira. Tem um legado histórico honroso marcado por boas administrações.
Alcimar De Brida é o nome forte do PSDB. Não é um nome de consenso. Não caiu na mente e no coração de todos que pertencem ao ninho tucano local, porém, é inegável que é um dos nomes mais em voga. O PSDB local é um partido que não desperta o ódio e nem o amor entre os munícipes. É um partido considerado “morno”. Demonstrou crescimento na última eleição municipal elegendo dois vereadores, mas, mesmo assim, não tem robustez para sustentar uma candidatura própria. Em nível estadual o partido sofre divergências internas.
Valmor Maccari, que já foi PP, passou pelo PMDB, e agora aterrissa no PDT carrega consigo um forte carisma pessoal. Este está acima da sua legenda. Seus votos são pessoais e não do partido. Carrega sua marca registrada com livre acesso no interior e entre os agricultores. Carece de lideranças estaduais para fomentar sua campanha e coleciona alguns desafetos pelos partidos que passou.
Helio e Nestor do gigantesco PMDB contam com o maior partido do Brasil, de Santa Catarina e de Lauro Muller. Seu maior patrimônio é a força aguerrida de seus militantes que fazem política todo ano o ano inteiro. Ambos contam com a máquina municipal e uma logística surpreendente. Assim como é o partido mais amado, o PMDB é também o partido mais odiado. Mesmo com toda sua força e estrutura não conseguem extinguir a oposição. Se o PMDB não for à luta; não leva, por isso, não temem em colocar todos os seus militantes ao trabalho.
A aritmética política sugere uma ampla coligação para desalojar quem está no poder e quem está no poder tem o direito de buscar uma ampla coligação para manter-se no poder.
Os nomes estão postos no tabuleiro agora é “cheque” ou “mate”.
OPINIÃO DE: Vilmar Dal-Bó Maccari