OPINIÃO DE VILMAR DAL-BÓ MACCARI
Dando seqüência à série de entrevistados com os pré-candidatos a prefeitura de Lauro Muller, no Programa Manhã Tropical da Rádio Cruz Malta, com Édio Antônio, vamos ao segundo entrevistado, Fabrício Kusminn Alves.
Fabrício Kusminn Alves é laurominense de corpo, alma e coração. Tem sua história de vida marcada pelos amanheceres e pelos anoiteceres da cidade. Em Lauro Muller, Fabrício passou sua infância e viveu sua juventude. Foi em Lauro Muller que Fabrício decidiu construir sua família e deu início a sua vida pública como vice-prefeito e secretário municipal. Hoje, Fabrício se sente preparado e sonha em governar Lauro Muller.
Fabrício e sua família pertenceram durante anos ao histórico PMDB. Não foram poucas as vezes que Fabrício foi às ruas defender o seu partido (PMDB). Defesa que significava pontualmente combater o PDS, PPB, atual PP e seus aliados. Ainda é difícil para os eleitores, principalmente aos mais atentos as questões partidárias, desvinculá-lo do partido que viram nascer e crescer na vida pública. Para muitos Fabrício é “um estranho fora do ninho”. Mas a verdade é que Fabrício não cometeu nem um pecado contra a ética político-partidária ao migrar para o PSD. Fabrício saiu do PMDB para entrar em um novo partido, que nasce com um novo projeto, o PSD. Muito mais drástico para o eleitor seria ver Fabrício se enfileirando no PP. Mas a realidade é que a saída de Fabrício do PMDB causou pouca notoriedade e fato político. Salvo sua família, Fabrício não trouxe consigo lideranças expressivas e militâncias para ingressar no PSD. A adesão de Fabrício pouco alterou os quadros do PMDB, tanto quanto do PSD.
Fabrício precisa buscar identificação não só com o PSD, mas, com aqueles que durante anos combateu: o PP. Tanto em nível estadual quanto municipal. Não se faz política olhando para o retrovisor. Não se faz política remendando trapos velhos do passado. Isso é certo! Porém, uma candidatura se constrói e Fabrício precisa construir seu nome mostrando aos eleitores que se emancipou do PMDB e que se identifica com o outro lado da margem, diga-se, com os eleitores de tendência centro-direita.
Fabrício conta com um potencial incrível. É uma pessoa leve, sem grandes desafetos, salve algumas lideranças do PMDB, e com boa comunicação. È capaz de agregar votos dispersos, os chamados votos “livres”, mas sofre rejeição com os eleitores mais tradicionais que defendem a biografia partidária.
Para realizar seu sonho de ser prefeito, Fabrício precisa buscar maior identificação com as bases. Aumentar sua capilaridade popular e receber a confiança dos partidos de oposição. Quebrar os stigmas que pairam entre progressistas e democráticos em torno de sua candidatura: “recém-convertido” ou “recém-chegado”. A conjuntura política diz que ainda não é a sua hora. Mas se for, Fabrício precisará contar com uma “mega coligação” devidamente alinhada em torno do seu nome. Uma missão nada fácil quando se fala em ter o PP e o PSDB como aliados. Uma vaga no legislativo seria uma boa escola de idenficiação com o partido, com a oposição e com a população.