Colaboração Portal Satc
O baixo preço oferecido pelo megawatt/hora foi o principal entrave para que a Usina Termelétrica Sul Catarinense (Usitesc) tivesse seu projeto aprovado no 16º Leilão de Energia Nova A-5. A decisão saiu nesta quinta-feira no processo promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Para se tornar competitiva comercialmente, o valor do megawatt/hora deveria ficar entre R$ 170 e R$ 190. O preço-teto definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi de R$ 140/MWh.
“Esperamos que o governo reavalie o preço teto para o leilão de dezembro visando permitir a inclusão de novos projetos de termelétricas a carvão. Com isso ao ampliar a matriz energética brasileira, deverá diversifica-la e dar maior segurança. O carvão é uma fonte segura. Exemplo disso são os investimentos realizados em vários países da Europa”, ressaltou o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan.
O projeto da Usitesc não está arquivado. Conforme Zancan, ele volta à pauta no próximo leilão de energia A-5, marcado para dia 13 de dezembro. O Grupo empresarial responsável pela usina é composto pela Linear Participações e pelas Carboníferas Criciúma e Metropolitana. O investimento previsto é de R$ 2 bilhões, gerando 1,5 mil empregos diretos na fase de construção.
A Usitesc vai consumir 1,5 mil toneladas de carvão e deverá aumentar o transporte da Ferrovia Tereza Cristina (FTC). Já as cinzas produzidas irão para uma fábrica de cimento. Com o aquecimento da indústria carbonífera, há perspectivas também de investimentos na malha ferroviária. O principal projeto é o ferrovia litorânea, completando o ramal hoje existente e ligando a capital Porto Alegre (RS) a cidade de Araquari, no norte de Santa Catarina.